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PROJETO
Com as inundações ocorridas ao longo de cinco rios, atingindo inúmeros municípios e causando muita destruição e mortes, o Governo do Estado optou por mudanças que melhorariam as circunstâncias da população local, assim, estudos começaram, dando início a ideias de projetos como o atual: barragem serro azul, que pertence a um grupo de 8 barragens. Essas barragens têm como objetivo impedir que novas cheias aconteçam, porém o projeto possui obstáculos, tais como o alto custo, a localização e alteração na vida de milhares de famílias. O projeto em andamento provoca, também, muitos impactos ambientais, modificando a estrutura das áreas direta e indiretamente afetadas.
Sistema de controle de cheias da bacia do Rio Una – Barragem Serro azul
Meios físicos
1. Climas e condições metereologicas: um dos fatores que contribui para descobrir a condição metereologica de um determinado local é sua umidade, sua temperatura, precipitação e radiação. Todo esse conjunto é denominado de clima, de acordo com a OMM. Ambos influenciados por caracterísicas geograficas como oceano, solo, sistemas de circulação atmosféricos dinâmicos, relevo e latitude. A bacia hidrográfica do Rio Uma e o Estado de Pernambuco estão situados numa bacia hidrografica favoravel para a atuação dessas influências. Os principais sistemas metereológicos em Pernambuco e na bacia do Rio Una são: Zona de convergencia intertropical tropical (ZCIT), as bandas de nebulosidade associada a frentes frias, as pertubações de leste e ondas de leste, os Vortices Ciclonicos de Ar Superior (VCAS), as brisas terreste e marítima, as oscilações de 30-60 dias e o El-ninõ.
O El ninõ, por exemplo, intertefere na ocorrência de chuvas sobre Pernambuco. Consiste basicamente de um aquecimento anormal do Oceano Pacífico Equatorial, em conjunto com variações do campo de pressao ao nível do mar e na região tropical. Embora esse fenomeno não implique necessarimamente em ocorrência de secas sobre o nordeste. Sabe-se que sua atividade moderada a muito intensa pode provocar condições de seca moderada a severa sobre o semiárido nordestino.
Na Bacia Hidrografica do rio Una, foi diagnosticados grandes irregularidades na precipitação anual. Os quatros meses mais chuvosos ocorrem nos meses de abril a julho, onde o mês de julho é o mês em que mais chove com uma precipitação máxima. A geologia da bacia hidrográfica do rio Una está inserida no denominado segmento leste do TPA com predomínio ora de paragnaisses, migmatitos, com protólitos paraderivados, ora com abundância de anfibolitos. As unidades estratigráficas relatadas a seguir, estão inseridas na área de influência direta (AID/ADA) e indireta (AII), partindo-se das mais antigas para as mais recentes, de acordo com a escala do tempo geológico.
2. Solo: a área estudada se localiza, na porção meridional da Província da Borborema, mais precisamente a sul do Lineamento Pernambucano e a norte da faixa de dobramentos Sergipiano e Riacho do Pontal, a literatura considera como terreno Pernambuco-Alagoas. Nesse terreno, que é localizado entre a Zona de cisalhamento Pernambuco e os terrenos neoproterozoicos Sergipiano e Riacho do Pontal.
Os solos localizados na area do empreendimento pertencentes, aos municipios de Palmares, Bonito e Catende têm uma forte relação com a geomorfologia local. Os solos encontrados são representados principalmente pela ordem dos Latossolos nos topos dos morros e em regiões mais planas que estão associadas aos Argissolos nas vertentes igremes. É prenominado a presença de Gleissolos (solos menos desenvolvidos) no fundo dos vales estreitos e nos terrenos de depósitos fluviais em porções mais baixas e planas do relevo, os Neossolos Flúvicos, que é muito comum no local.
3. Relevo: a bacia hidrográfica do rio Una, que foi considerada como uma área de influência indireta para efeitos de análise geomorfológica em escala regional. É caracterizada por estar inserida no Domínio Morfoestrutural dos Cinturões Móveis Neoproterozoícos, apresentando a Depressão Sertaneja e a Porção Meridional do Planalto da Borborema enquanto região geomorfológica e o Tabuleiro Costeiro enquanto unidade geomorfológica.
Os Domínios Morfoestruturais, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estática, correspondem aos maiores táxonss na compartimentação do relevo. As regiões Geomorfológicas são compartimentos inseridos nos conjuntos litomorfoestruturais que, sob a ação dos fatores climáticos pretéritos e atuais, lhes conferem características genéticas comuns, agrupando feições semelhantes, assosicadas às formações superficiais e às fitofisionomias.
Por causa dos graves desastres por inundações que ocorreram em junho de 2010, que atigiu dezenas de municípios da Região Metropolitana e da Mata Sul, o Governo de Pernambuco, firmou juntamente com a SRHE um Contrato de Gestão com a Associação Instituto de Tecnologia de Pernambuco. Em decorrência foi criada a Unidade Gestora de Projetos Barragens da Mata Sul com a finalidade de acompanhar e coordenar os estudos ambientais e projetos de barragens no rios Una, Sirinhaém e Jaboatão para o controle de enchentes dessas regiões.
PATRIMÔNIOS:
Patrimônios podem ser materiais ou imateriais e consistem em algo que remete ao passado do local e contribui na formação de memórias históricas do país. Desse modo, são protegidos pelo IPHAN.
Dentre os principais patrimônios materiais do país estão os engenhos, importantes monumentos capazes de revelar parte do cotidiano da população de determinada época e as igrejas, pois demonstram a influência do catolicismo na formação do Brasil.
Patrimônios imateriais são abundantes na história brasileira pela miscigenação do país, recebendo forte influência de portugueses e africanos, além do grande número de imigrantes.
ENGENHOS:
Os engenhos tornam-se fundamentais para a economia do Brasil especialmente entre os séculos XVI e XVIII, sendo encontrados especialmente no Nordeste, onde o cultivo do açúcar era favorecido pelo solo massapê.
Havia a casa grande, de onde o senhor de engenho tinha ampla vista de todo o seu território e constantemente dava ordens aos seus empregados, a fim de intensificar o sucesso da produção. Além disso, as senzalas eram fundamentais diante de um regime escravocrata. A arquitetura do período colonial exercerá influencia até hoje em diversas construções brasileiras, especialmente na valorização das varandas.
Dentre os importantes engenhos do Brasil, está o Engenho Verde, localizado entre Bonito e Palmares.
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IGREJAS:
A chegada de membros do catolicismo ao Brasil tem inicio com a vinda de Tomé de Sousa, primeiro governador geral. Os jesuítas tinham o objetivo de difundir o catolicismo diante de um contexto de reformas religiosas e perda de seguidores por parte da Igreja. Assim, apresentavam a religião católica aos índios por meio do teatro e utilizavam-se de meios concretos para representar Deus e o diabo, a exemplo de cores fortes e gases com odor.
Apesar da influência do catolicismo no período colonial brasileiro, a chegada de escravos africanos e de imigrantes favoreceu uma pluralidade étnica e religiosa no país, sendo hoje valorizado por sua diversidade e intensos contrastes.
PATRIMÔNIOS IMATERIAIS:
Os patrimônios imateriais abrangem as tradições deixadas pelos diversos povos que já ocuparam o Brasil, sendo encontradas na culinária, nas danças, festas, música e crenças religiosas.
As principais influências africanas são percebidas em estilos de luta – a exemplo da capoeira, que é originada pelos baixos telhados das senzalas, a fim de evitar o suicídio de escravos, e posteriormente originará o frevo -, na culinária – vatapá, acarajé, pamonha, mungunzá e etc – e na religiosidade, pois ampliou a diversidade desse aspecto em um país de maioria católica, por meio de religiões a exemplo do Candomblé.
A influência holandesa é percebida na arquitetura de cidades do Nordeste, a exemplo de Olinda, a partir da vinda de Mauricio de Nassau para administrar a região e seus investimentos em pontes, museus, teatros e palácios.
Já as tradições portuguesas, são vistas no idioma local, na escrita, nas danças, vestes e no estímulo dado ao conhecimento por meio de importantes medidas de D João, a exemplo da criação de bancos, bibliotecas e etc.
NORDESTE:
O Nordeste é a região brasileira que possui a maior variedade de paisagens naturais do país e a segunda maior população. Divide-se em quatro macrorregiões: Agreste, Sertão, Zona da Mata e Meio-norte. A primeira região a ser povoada foi a Zona da Mata, devido ao cultivo de açúcar, representando alto lucro para Portugal e para os demais países envolvidos na dispersão do produto, a exemplo da Holanda. Por tratar-se de uma região compreendida próxima ao litoral, afirma-se que a colonização brasileira é do tipo caranguejo, pois só irá se expandir para o interior após décadas, especialmente pela pecuária. Embora tenha deixados grandes contribuições econômicas para o Brasil durante o período colonial, atualmente o Nordeste é considerado a região de maiores problemas, pois apresenta baixos índices socioeconômicos que refletem na dinâmica da região, além do clima desfavorável.
ZONA DA MATA:
A Zona da Mata vai desde o Sul da Bahia até o norte do Rio Grande do Norte, representando a sub-região mais rica e industrializada do Nordeste. Sua colonização foi de exploração, caracterizando um forte laço com a metrópole por meio do Pacto Colonial e o lucro não era utilizado para investir na região brasileira. Seu povoamento tem início pelos portugueses interessados no cultivo de açúcar, então grandes senhores de engenhos instalaram-se na região e passaram a controlar a produção, a qual era caracterizada pelo uso de latifúndios, monocultura e utilização de escravos. A primeira sociedade a compor a Zona da Mata possuía características machistas e patriarcais, era aristocrática, rural e híbrida, pois havia forte miscigenação pela presença de brancos, negros, índios e estrangeiros. Para melhor administração do país, o Brasil foi dividido em capitanias hereditárias, sendo entregues por meio das cartas de doação e do foral. A economia açucareira foi fundamental para o sucesso da capitania de Pernambuco, e, embora tenha sido abalada após a conquista da Holanda na produção, é considerada essencial no processo de ocupação do território brasileiro em geral.
AVIFAUNA
- A mata atlântica apresenta 891 espécies de aves;
- A Amazônia possui cerca de 1 300 espécies;
- Aproximadamente um quarto das aves é endêmico da mata atlântica;
- Pouco mais de 25% de todas as espécies – 233 em números absolutos – estão ameaçadas de extinção, no entanto, das aves ameaçadas de extinção, 147 espécies são endêmicas ou quase endêmicas da mata atlântica.
(Pteroglossus bailloni) conta com 36 espécies. Trata-se de um ruidoso e ainda relativamente abundante parente dos tucanos, que é endêmico da mata atlântica.
(Jacamaralcyon tridactyla) espécie endêmica da mata atlântica ameaçada de extinção.
(Penelope obscura) conta com 36 espécies. Trata-se de um ruidoso e ainda relativamente abundante parente dos tucanos, que é endêmico da mata atlântica.
HERPETAFAUNA
- A mata atlântica apresenta cerca de 95% de perda de sua área original
- na região nordeste, destaca-se estado de PE, apresentando 62 unidades de conservação do bioma de Mata Atlântica e a herpetofauna pode ser utilizada para avaliar o grau de conservação desses fragmentos
- Foram registrados 67 representantes da herpetofauna local, referentes às áreas diretamente afetadas, de influência direta e de influencia indireta, sendo 45 anfíbios Anuros e 22 “Répteis”.
- As populações existentes são de ampla distribuição geográfica e abundantes em todo território nacional.
ICTIOFAUNA
- foram identificadas 21 espécies, distribuídas em 12 famílias e 5 ordens;
- as capturas foram realizadas em pontos a montante da barragem, próximo a cidade de Catende/PE, no leito principal do Rio Una, Verdinho e na Cachoreira Véu da Noiva 2, em Bonito/PE.
(Centropomus undecimalis) Robalo-branco
(Cichlidae Cichla) Tucunaré
MAMÍFEROS
(Alouatta guariba guariba)
(Leontopithecus rosalia) corre grande risco de extinção, espécie endêmica brasileira
(Mazama bororo)
FLORA
- a vegetação da Mata Atlântica é conhecida pela sua exuberância e diversidade, sendo uma das mais ricas do planeta;
- a mata atlântica é dividida em extratos: o extrato superior é chamado de dossel, composto pelas árvores mais altas que recebem a maioria da luz fornecida pelo sol, como os ipês, o manacá-da-serra. O extrato arbustivo é formado por espécies arbóreas que vivem toda a sua vida sombreadas pelas árvores do dossel, por exemplo as jabuticabeiras e as begônias O extrato herbáceo é formado por plantas de pequeno porte que vivem próximas ao solo, como é o caso de arbustos, ervas, gramíneas, musgos.
(manacá-da-serra)
(Ipê)
(Jabuticabeiras)
(begônia)
IMPACTOS AMBIENTAIS
- Para a fauna, a fragmentação deste ecossistema. A fragmentação do habitat de algumas espécies, principalmente de mamíferos de médio e grande porte, faz com que as populações remanescentes, estejam subdivididas e representadas por um número consideravelmente pequeno de indivíduos (Câmara, 1991).
- Essas são alguns impactos causados na mata atlântica: extração de madeira, moradia, construção de cidades, agricultura, industrialização e consequentemente poluição e a contrução de rodovias, além da pesca predatória, turismo desordenado, comércio ilegal de plantas e animais nativos, fragmentação das áreas preservadas entre outros.
Projetos foram realizados para preservar a mata e alguns desses foram:
- MaB (Man and Biosphere), o Homem e a Biosfera, com o objetivo de conciliar a proteção do ambiente ao desenvolvimento humano.
- Fundação SOS Mata Atlântica e a Conservation International, que procuram desenvolver projetos de educação ambiental, apoiando movimentos contra a agressão do ecossistema.
- Existem pessoas que residem em determinada área destinada a conservação
FONTES:
https://www.ib.usp.br/ecosteiros/textos_educ/mata/
https://www.suapesquisa.com/geografia/vegetacao/mata_atlantica.htm
https://rubens-plantasdobrasil.blogspot.com.br/2012/08/parapiptadenia-rigida-benth-brenan.html
https://blogvivendoaguapreta.blogspot.com.br/p/especies-do-rio-una.html
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782002000600012
https://www.biodiversitas.org.br/atlas/repteis.asp
https://www.biotaneotropica.org.br/v8n4/pt/fullpaper?bn01809012009+pt
A Bacia Hidrográfica do rio Una possui uma área de 6.740,31 km², onde 6.262,78 km² estão dentro de Pernambuco. Essa bacia abrange 42 municípios, dos quais 11 estão totalmente inseridos na bacia: Belém de Maria, Catende, Cupira, Ibirajuba, Jaqueira, Lagoa dos Gatos, Maraial, Palmares, Panelas, São Benedito do Sul e Xexéu; 15 possuem sede inserida na bacia: Água Preta, Agrestina, Altinho, Barreiros, Bonito, Cachoeirinha, Calçado, Capoeiras, Jucati, Jupi, Jurema, Lajedo, Quipapá, São Bento do Una e São Joaquim do Monte; e 16 estão parcialmente inseridos: Barra de Guabiraba, Bezerros, Caetés, Camocim de São Félix, Canhotinho, Caruaru, Gameleira, Joaquim Nabuco, Pesqueira, Rio Formoso, Sanharó, São Caetano, São José da Coroa Grande, Tacaimbó, Tamandaré e Venturosa.
Efeitos: Quanto ao meio físico, os impactos mais importantes estão relacionados às águas superficiais, especialmente às mudanças de regime de fluxo, que terão forte rebatimento sobre a flora e fauna aquáticas. Os solos também foram destacados, tende em vista o grande movimento de terras que ocorrerá na área da barragem, para a sua construção e exploração de jazidas (fase de implantação). A contaminação das águas e dos solos e a retenção de nutrientes também foram destacados. A redução da carga sólida à jusante com aumento dos processos erosivos das margens e alteração na morfologia do canal, causará impacto na agricultura ribeirinha. Foi recomendada a preservação/recuperação da cobertura vegetal nas APP’s para redução dos processos erosivos laminares e lineares. Além disso, destaca-se a retenção dos nutrientes produzidos à montante da barragem no lago da mesma, reduzindo a fertilidade das águas à jusante afetando as comunidades da fauna.
Engenho Verde
O Engenho Verde, localizado entre o município de Palmares e Bonito, encontra-se a 156 km da capital Recife. Atualmente constitui um patrimônio histórico material de grande importância para as diversas conquistas estaduais durante o ápice da produção açucareira. Entretanto a partir do próximo ano, as águas da barragem de Serro Azul (uma das maiores e de maior volume hídrico, das quais serão construídas na região) cobrirão por completo o espaço demarcado pelo engenho, que desaparecerá de maneira instantânea levando consigo parte da historia de todo um povo. Até o início do século 20, a área era vinculada ao município de Bonito. Foi incorporada a Palmares numa reformulação municipal. O Engenho Verde também tem raízes culturais. Lá nasceu o romancista Hermilo Borba Filho, em 1917. Uma escrivaninha que ainda decora a sala principal teria pertencido ao dramaturgo, segundo informações repassadas ao Itep.
O casarão é composto por colunas que delimitam formas de arcos semicirculares que retratam a história dos usineiros e coronéis que viveram no período de introdução da monocultura da cana-de-açúcar e que se encontram em torno de toda a estrutura, além de seu teto em platibanda quatro asas (mureta que camufla o telhado) decoradas. Portas, janelas e piso de ladrilho hidráulico são ate hoje preservados pelos atuais proprietários, como sempre fora. Sua construção data do ano de 1841, primeira metade do século XIX. Projetado pelo engenheiro e político francês Louis Léger Valher nascido em Bergerac, no ano de 1815. Veio para o Brasil, em 1839, com 24 anos de idade, trazido pelo Presidente da Província de Pernambuco, Francisco do Rego Barros, o Conde da Boa Vista. O estilo que identifica o Casarão é o neoclássico. Seu alpendre em arcos de alvenaria de inspiração neoclássica, com porão parcial cuja porta de acesso encontra-se entaipada é em alvenaria de tijolos. Sua estrutura externa é entornada e marcada por plantas ornamentais e pomares das mais diversas frutas da região. Ainda preserva piscina de água natural em retângulo, estilo britânico de formas elaboradas quando da presença inglesa na Índia no continente Asiático. A mobília preserva escrivaninha, armários, cadeiras, mesas em estilo colonial, bem como os quartos com portas e janelas refletindo a época da influência britânica neoclássica. Lèger Valher também foi responsavel pela construção do Teatro Santa Isabel em 1850, após ter construído o Casarão do Engenho Verde. Na ocasião, aqui se encontrou depois da estrada na cidade de Água Preta, por influência de Antônio do Rego Barros, detentor das terras de toda Região da Zona da Mata Sul, por afinidades com o Governo do segundo Império e do então Presidente da Província de Pernambuco em meados dos anos de 1838.
( Hermilo Borba Filho: (Engenho Verde, Palmares PE 1917 - Recife PE 1976). Autor, encenador, professor, crítico e ensaísta. Diretor artístico do Teatro do Estudante de Pernambuco e fundador do Teatro Popular do Nordeste, é um dos homens de teatro mais atuantes no Nordeste brasileiro. Começa a carreira na década de 1930, como ator, ponto, autor e diretor na Sociedade de Cultura Palmarense. Na década de 1940, ingressa no Teatro de Amadores de Pernambuco - TAP, traduzindo peças e atuando nos espetáculos. Insatisfeito com a linha de repertório do grupo, é convidado e assume a direção artística, em 1945, do Teatro do Estudante de Pernambuco - TEP. Para a estreia escolhe as peças O Segredo, de Sender e O Urso, de Anton Tchekhov que fazem parte de um mesmo espetáculo em 1946. Em 1953 muda-se para São Paulo, onde trabalha como jornalista, diretor de teatro e faz parte da Comissão Estadual de Teatro. Em 1957, recebe prêmio como diretor revelação pela Associação Paulista de Críticos Teatrais - APCT, com a peça Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna. Nos primeiros anos da década de 1960, monta diversas peças de Ariano Suassuna, como A Pena e a Lei, A Farsa da Boa Preguiça e A Caseira e a Catarina.Em 1966, retoma as atividades do TPN com O Inspetor usando da teatralidade e das técnicas das festas populares nordestinas. Dirige em seguida O Santo Inquérito, de Dias Gomes, e Inimigo do Povo, de Henrik Ibsen. Dirige também Dom Quixote, de Antonio José, o Judeu, 1969. No ano seguinte, encena Município de São Silvestre, de Aristóteles Soares, O Pagador de Promessa, de Dias Gomes, O Cabo Fanfarrão, de Hermilo Borba Filho, Antígona, de Sófocles, e Andorra, de Max Frisch. Para contornar o déficit permanente da companhia, Borba Filho tenta atrair os operários e os estudantes, faz convênios com entidades do comércio e da indústria, mas não consegue pagar as dívidas e fecha o teatro de 90 lugares. Exerce atividades culturais em muitas entidades: Serviço Nacional de Teatro, Secretaria de Educação e Cultura de São Paulo, Secretaria de Educação e Cultura de Pernambuco, Escolinha de Arte do Recife, Centro Cultural Luiz Freire. Na Universidade Federal de Pernambuco, cria e ministra a cadeira de história do teatro no Curso de Arte Dramática, em 1958. )
https://sosriouna-e-ecoparques.blogspot.com.br/
https://minhapalmares.blogspot.com.br/2009/06/engenho-verde.html
A equipe do Eixo Arqueologia do Itep, sob coordenação do historiador Aramis Macêdo, acompanhou o escaneamento 3D do casarão e registrou as atividades em fotos. Segundo Aramis, o primeiro registro das terras do Engenho Verde data de 1792, uma carta de sesmaria que nomeia Miguel Francisco Guimarães como proprietário das terras.. De acordo com o mesmo, as primeiras referências ao engenho, em cartório, remetem a 1792. Era uma propriedade de Miguel Francisco Guimarães e ele havia recebido as terras em sesmaria. Isso não significa que o engenho é uma construção do século 18. “Pode ser mais velho”, pondera.
( Pesquisas e mapeamento 3D: A casa-grande do Engenho Verde, no município de Palmares, onde está sendo construída a barragem de Serro Azul para contenção de cheias na região, teve toda sua área externa mapeada por um scanner laser de alta resolução, na tarde da quarta-feira (8). Por meio das imagens coletadas, será possível construir uma maquete virtual tridimensional da construção histórica, preservando a casa-grande em imagens 3D. Todo este trabalho foi monitorado pela equipe do Eixo Arqueologia do Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep).Alexandre Cruz( um dos responsáveis pelo escaneamento ) : “O aparelho que estamos utilizando gera uma nuvem de pontos colorida, registrando toda a área definida pelas coordenadas que programamos no scanner. Essa nuvem de pontos depois é transferida para um software que monta todas as imagens das fachadas, produzindo uma maquete tridimensional da edificação”. As escavações arqueológicas no engenho começarão no final deste mês e buscarão vestígios da fábrica de açúcar, da senzala e da capela do povoado. As paredes da construção também passarão por datação através de carbono 14 e termoluminescência, para levantamento do maior número de informações possíveis da história do local. As pesquisas para datação serão realizadas através de análise das camadas de tinta das paredes e identificação dos tijolos mais antigos. )
Importância histórica: O Engenho Verde foi um ponto de apoio da Revolução Praieira, a última manifestação popular contra a monarquia e os senhores de engenho, ocorrida no Estado, de 1848 a 1850. Pedro Ivo, um dos líderes da insurreição, comandou uma frente de batalha nas matas do engenho, no ano de 1849, diz o historiador Aramis Macedo Júnior. As terras que serão alagadas do Engenho Verde estão ligadas à luta por liberdade de imprensa e voto universal, pela extinção do poder moderador e pelo fim do monopólio comercial dos portugueses, principais bandeiras defendidas pelos liberais praieiros, no levante contra o governo de dom Pedro II.
Revolução Praieira(última das revoltas provinciais, está ligada às lutas político-partidárias que marcaram o período regencial e o início do segundo reinado. Sua derrota representou uma demonstração de força do governo de D. Pedro II (1840-1889). Contexto das revoluções liberais, socialistas e nacionalistas que varreram a Europa neste período do século XIX, incluindo a Revolução de 1848 na França. A nível local foi influenciada pelas ideias liberais dos que se queixavam da falta de autonomia provincial, e o repúdio à monarquia com manifestações a favor da independência política, da república e por um reformismo radical. Contou com participação das camadas menos favorecidas, oprimidas pela grande concentração fundiária nas mãos de poucos proprietários.
"Quem viver em Pernambuco
não há de estar enganado:
Que, ou há de ser Cavalcanti,
ou há de ser cavalgado." (Quadra popular)
Ainda como fundo sócio-econômico, registra-se a histórica rivalidade com os portugueses, que dominavam o comércio na Província. Em síntese, as principais causas da Rebelião Praieira foram:1o predomínio do latifúndio; a dependência e marginalização do pequeno agricultor; o encarecimento dos gêneros de primeira necessidade; o papel monopolizador dos comerciantes portugueses; o êxodo rural ;a crise da economia pernambucana. )
De acordo com Aramis Macedo Júnior (coordenador do Itep), as primeiras referências ao engenho, em cartório, remetem a 1792. Era uma propriedade de Miguel Francisco Guimarães e ele havia recebido as terras em sesmaria. Isso não significa que o engenho é uma construção do século 18. “Pode ser mais velho”, pondera.
Historia das cidades influenciadas:
Bonito: O território do município de Bonito, até meados do século XVIII, coberto de imensas florestas características da Mata Atlântica predominante , situava-se na área abrangida pelo importante Quilombo dos Palmares. Sua beleza natural deu-lhe o nome de Bonito. O município foi batizado por caçadores, vindos do povoado de São José dos Bezerros, que percorriam as florestas e se deparavam com os belos riachos de águas límpidas que envolviam toda a região. Atualmente a cidade possui taxas de turismo elevadas, procurada por pessoas que buscam lazer e relaxamento.
Muitas revoltas internas tiveram como palco a cidade de Bonito , gerando a morte de boa parte de sua população. Em1874, ocorreu a invasão denominada Revolta do Quebra-Quilos, devido à alteração do antigo sistema de pesos e medidas para as unidades de metro, centímetro e quilo, de acordo com a Lei Imperial de 1862.
O mesmo local, nos fins de 1819, no governo Luiz do Rego, foi palco da grande matança dos habitantes da Serra do Rodeador (comunidade pertencente, hoje, ao município.Este caso messiânico, liderado pelo ex-soldado do 12º Batalhão de Milícias de Alagoas, Silvestre José dos Santos, assim como outros movimentos por interesses religiosos e pela esperança da saída da miséria, teve fim com derramamento de sangue. Silvestre era adepto do Sebastianismo - uma forma de messianismo em Portugal.
Sua população é de aproximadamente 40.832 habitantes. Sua área territorial é de 400 km².
Bonito encontra-se em uma unidade geoambiental das Superfícies Retrabalhadas que antecede oPlanalto da Borborema.
Vegetação predominante :a Floresta subperenifólia, com partes de Floresta hipoxerófila.
O município de Bonito está nos domínios das Bacias Hidrográficas dos Rios Una e Sirinhaém. Tem como principais tributários o Rio da Prata e o Riacho Mulambo, além do açude da Prata, com capacidade de acumulação de 40.000.000 m³.
Turismo: O esforço do governo municipal em divulgar as belezas naturais da cidade trouxe bons resultados para o setor turístico. Impulsionado principalmente por mais de 10 cachoeiras que hoje integram a Rota das Cachoeiras.
A conclusão do trecho da PE-103, que liga Bonito à cidade de Palmares, também foi um ponto importante na elevação da visitação.
Nos finais de semana, o entorno das cachoeiras recebem reforços a fim de garantir a segurança do turista, e uma ambulância do SAMU de plantão para eventuais necessidades. Além disso, na entrada da cidade, foi criado o amigo do Turista, com auxilio e informações sobre atrativos naturais, hotéis, pousadas, e ótimas opções para a gastronomia.
Palmares : Localiza-se na região Mata sul do estado de Pernambuco. É conhecida como Terra dos Poetas, ou Atenas Pernambucana por ter sido berço de renomados e importantes poetas Pernambucanos.. Seu nome é também uma homenagem ao Quilombo dos Palmares, que se instalou na região durante muito tempo. A região era habitada primitivamente pelos índios Trombetas.
Formou-se com a construção do quilombo dos Palmares no interior pernambucano que dirigido pelo valente Zumbi, tomou impulso, fama e ganhou o nome que ate hoje prevalece. Não se sabe como era denominada a região dos palmares antes da presença negra, num território de 260 quilômetros de extensão por 132 de largura, em faixa paralela à costa, onde se distribuíam cerca de 50 mil habitantes.
Por um certo período, Palmares passa a ser denominada” Povoado dos montes” por suas terras pertencerem à família Montes que construiu uma capela, hoje a Catedral de Nossa Senhora da Conceição dos Montes. ” Trombetas”, outro nome da cidade, é formulado devido a lenda de que um soldado teria perdido uma trombeta durante uma passagem pelo local.” Povoado do Uma” em decorrência do rio que banha a região. Por fim, fixou-se como Palmares por conta da abundância de palmeiras características na região.
. Sua população estimada em 2004 era de 60 794 habitantes.
A sede do município dista 118 km da capital Recife, 105 km de Garanhuns e 123 de Maceió.
Situa-se a 125 metros acima do nível do mar.
Limita-se ao norte com o município do Bonito, a nordeste e leste com Joaquim Nabuco, ao sul com Xexéu, a sudeste com Água Preta e a oeste com Catende.
Geografia: Os palmares constituem originalidade da vegetação nordestina. Região de uma só espécie de palmeiras de natureza xerófila ou higrófila. Outros existem com mistura de três ou quatro espécies de árvores de alto porte. Dentre as palmeiras presentes nessa região, destacam-se a carnaúba , a buriti , a buritana , a bacaba, o babaçu , etc.
Seu relevo é, em sua quase totalidade, moldado em rochas do pré-cambriano. A parte sedimentar é representada por argilas variegadas, arenitos e cascalhos. Predomina o latossolo vermelho-amarelo.
A topografia, predominantemente ondulada, caracteriza-se por um conjunto de morros e colinas com altitudes não superiores a 120 m e pediplanos resultantes do alargamento do vale do rio Una (Pernambuco) e seus afluentes.
Sua flora é composta por restos da vegetação primitiva da Mata Atlântica, algumas espécies de alto valor econômico da floresta nativa podem ser ainda encontradas. O município dos Palmares faz parte da microrregião homogênea denominada Mata Meridional Pernambucana, contida totalmente na Bacia do Rio Una.
Catende :Fica a 142 km de Recife fazendo fronteira com Palmares. Região envolvida principalmente com a agro-indústria açucareira .A cidade é constituída pelo município e mais dois distritos: Catende (município sede), Roçadinho e Laje Grande. Aos poucos as terras foram sendo vendidas, originando os primeiros sítios e engenhos . A cidade de Catende surgiu em torno do engenho de açúcar chamado Milagre da Conceição. O distrito, pertence ao município de Palmares. O nome Catende tem duas versões: a corruptela de "Katendi" do africano que significa lagartixa, ou "Caatendi" do indígena, mato brilhante ou o que resplandece. Segundo alguns entendidos, esta última é a mais aceita.
O Município foi criado a 11 de setembro de 1928, desmembrado de Palmares e acrescido de uma faixa de terra que pertencia ao município de Bonito (Pernambuco).
A cidade de Catende cresceu principalmente em torno da Matriz de Nossa Senhora Sant'Anna, tendo sua torre se confrontando ao fundo com a serra da Prata, cartão postal da cidade. A paróquia de Catende fora entregue aos cuidados dos padres da Congregação dos Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus.
Geografia:. Sua população estimada em 2010 era de 37.830 habitantes.
Possui uma área de 207 km².
Catende possui duas áreas particulares do Patrimônio Natural: as áreas florestais dos engenhos Jussaral e Bicho Homem. São ao todo somando 421 hectares com grande diversidade de espécies. Na flora, destacam-se o pau d'arco, o murici e o jacarandá. Na fauna, espécies como o lobo-guará ou cachorro do mato, o bicho-preguiça e o tatu habitam a mata.
Areas Afetadas:
Os estudos realizados para a construção da Barragem do Rio Ipojuca consideram quatro áreas diferentes para avaliação dos impactos: as áreas das obras e dos reservatórios, as áreas vizinhas, as áreas que estão mais distantes da barragem, e por fim a área total de abrangência da bacia hidrográfica do rio Ipojuca.
As áreas afetadas diretamente pelas obras de construção , pelos projetos de engenharia e por todo a área desviada para a zona do muro, dos canteiros de obra, e as estradas de acesso pra as áreas bota-fora, correspondem á ADA- Área Diretamente Afetada.
As áreas vizinhas e que permanecem em torno da construção da barragem e dos reservatórios, não se restringindo as regiões que serão destinadas para a ocupação das obras e dos futuros alagados, mas também as zonas diretamente afetadas de maneira positiva ou negativa pelo empreendimento denomina-se AID- Área de Influência Direta.
Já as áreas mais distante das obras e que poderão sofrer modificações indiretas a partir da alterações do ecossistema e de todo o meio socioeconômico em relação ao empreendimento , são denominadas AII-Área de Influência Indireta.
ADA: Corresponde a toda a área do reservatório, ou seja 77 metros(cota máxima de operação do reservatório) com área de alagamento de 7,2 km² acrescida da faixa de preservação permanente, considerando-se uma faixa de 100 metros em torno do reservatório. Logo, a ADA com uma extensão de 137km², considera também a área de alagamento feito pela barragem juntamente com o leito do rio.
AID: A AID foi delimitada para os meios físico, biótico, baseando-se na abrangência dos fatores ambientais diretamente afetados pela barragem considerando uma faixa de 2Km no entorno do reservatório medidos a partir em sua cota máxima (77m). Para o meio antrópico foi considerada AID as cidades, sede dos municípios do Ipojuca e Escada, onde podem ser esperados efeitos conjuntos para as atividades socioeconômicas, tanto na fase de instalação quanto na fase de operação.
AII: A AII foi demarcada para os meios físico, biótico e antrópico (socioeconômico/cultural), baseando-se na abrangência dos fatores ambientais indiretamente afetados pelo empreendimento. Ela corresponde a à largura da bacia hidrográfica desde a foz até 10km, a montante da localização da barragem. Para a AII do Meio Antrópico serão considerados os municípios do Ipojuca e Escada.
AIR: Área de Influência Regional: corresponde à área de abrangência total da bacia hidrográfica do Rio Ipojuca, integrada pelos municípios diretamente relacionados. O ponto de partida para definir essa área vem da própria inserção regional do empreendimento, por isso envolve toda extensão da bacia hidrográfica do rio Ipojuca.
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